O mundo todo tem sido afetado pela pandemia do Coronavírus desde o ano de 2020. O Brasil especificamente conta até o dia 15 de abril de 2021 com um total de 13.746.681 casos confirmados de infectados, conforme dados do Governo Federal.

Foram traçadas algumas práticas como forma de proteção, desde o início dessa problemática, tais como o uso de máscaras (que ainda é obrigatório em todo o território nacional) e o distanciamento social. 

Entretanto, a maior esperança, que já foi aprovada e começou a ser aplicada para grupos prioritários, é a vacina contra a COVID-19. Depois dos profissionais da saúde e dos idosos até sessenta anos a vez será das pessoas que tem alguma comorbidade.

Existem orientações importantes a serem seguidas para conseguir comprovar comorbidades para a vacinação. Neste texto, serão mostradas quais são as 22 comorbidades priorizadas para a vacina contra o coronavírus e como comprová-las.

Como estão sendo distribuídas as vacinas entre os estados?

A distribuição das vacinas é mediada pelo Governo Federal brasileiro, que rateia as quantidades de vacinas compradas para os estados brasileiros com base em algumas características, tais como o quantitativo populacional. 

Nessa lógica, o estado de São Paulo segue com um maior número de vacinas em função do número de pessoas que ali habitam. De acordo com o Ministério da Saúde, o Estado de São Paulo recebeu até o dia 15 de abril mais de 11 milhões de doses de vacinas.

E quais vacinas estão circulando no Brasil e as diferenças entre elas?

Estão em circulação no Brasil duas vacinas: a CoronaVac e a AstraZeneca, ou vacina de Oxford. A diferença inicial é o laboratório/universidade que desenvolveu a vacina: a primeira citada foi desenvolvida pela Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, e a segunda que é produzida no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz).

De acordo com a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, em termos de imunidade e efeitos, elas se diferenciam em função das seguintes variáveis:

  • Material-base para produção da vacina;
  • Intervalo de aplicação das doses;
  • Percentual de eficácia para imunizar e para evitar sintomas graves.

Já de acordo com o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), as principais diferenças das vacinas são o preço, a temperatura de conservação e a eficácia.

No primeiro momento, a aplicação dessas vacinas acontece de acordo com as prioridades, como os profissionais da linha de frente, que são os profissionais da saúde, e pessoas inseridas no grupo de risco.

Os problemas de saúde do grupo de risco são aqueles em que foram notados os maiores casos de agravamento da COVID-19 e da própria comorbidade, pois, à medida que esses casos acontecem e aumentam, existe um acompanhamento estatístico para identificar o comportamento do vírus. 

Comorbidades priorizadas para a vacina contra o coronavírus

Uma comorbidade é um termo usado para quando existe interação entre duas ou mais doenças em uma mesma pessoa, de modo que um problema de saúde interfere no outro a ponto de agravar o quadro. 

Nesse sentido, existem problemas de saúde ou comorbidades que podem agravar o quadro da COVID-19, como os que serão citados abaixo. Uma pessoa com diabetes que é infectada, por exemplo, pode apresentar um aumento considerável das taxas de glicose e ter seu caso agravado. 

Tal agravamento pode levar o paciente à UTI e até mesmo à necessidade de intubação e tratamentos mais invasivos, o que diminui a probabilidade de resistir à doença da COVID-19.

Existem 22 comorbidades inseridas no grupo prioritário de vacinação. Nesta seção, elas serão exibidas em uma lista com uma breve descrição bem sintetizada:

  • Obesidade Mórbida: de acordo com o Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD), considera-se obesidade mórbida quando o Índice de Massa Corpórea (IMC) está igual ou acima de 40;
  • Síndrome de Down;
  • Cirrose hepática dos tipos A, B ou C;
  • Anemia falciforme;
  • Pessoas imunossuprimidas: entre elas, pessoas que vivem com HIV, pessoas que passaram recentemente por transplante de órgãos, pessoas que passaram por tratamento para câncer e pessoas com imunodeficiências;
  • Pessoas com doenças renais crônicas: entre elas cálculos renais, cistos renais em estágio já avançado;
  • Doenças cerebrovascular: pessoas que tiveram AVC, com demência vascular ou correlatos;
  • Pessoas com próteses valvulares ou com dispositivos cardíacos: pessoas com marcapasso, cardiodesfibrilador e outros;
  • Cardiopatia congênita;
  • Arritmia cardíaca: pessoas com quadro delicado de arritmias;
  • Problemas na aorta ou nos grandes vasos: aneurismas, hematomas da aorta e outros;
  • Miocardiopatias de qualquer tipo e especificação;
  • Valvopatias: lesões na válvula cardíaca;
  • Síndromes coronarianas: estreitamento das artérias, pós infarto agudo e outros casos parecidos;
  • Cardiopatias hipertensivas: pessoas com lesões nos vasos sanguíneos, sobrecarga atrial e ventricular e outras;
  • Hipertensão pulmonar: do tipo primária ou secundária;
  • Insuficiência cardíaca: estágios B, C, D ou casos mais delicados;
  • Hipertensão arterial: nos estágios 1, 2 ou 3;
  • Hipertensão arterial resistente (HAR);
  • Pneumopatias crônicas graves: tais como asma grave, fibrose cística e pulmonar e outras correlatas;
  • Diabetes: pessoas com diabetes do tipo Mellitus.

Alguns documentos serão solicitados para comprovarem as comorbidades, que não são difíceis de obter, já que possivelmente as pessoas que têm comorbidades já são acompanhadas há algum tempo por médicos que conhecem os casos e o quadro de cada paciente.  

Como comprovar as comorbidades para tomar a vacina da Covid-19?

Existem alguns documentos exigidos para evitar que pessoas que não tenham doenças não possam furar a fila e tomar a vez dentro do grupo prioritário, por isso é indicado que quem possui problemas de saúde correspondentes a uma comorbidade precisa se atentar para comprovar.

Os documentos exigidos servem para comprovar que de fato a pessoa está no grupo de pessoas que portam aquele problema, seja ele uma receita médica, laudo, relatório ou prescrição médica. 

O laudo médico deve descrever a situação do paciente e informar com detalhes a condição que faz dele uma pessoa dentro do grupo de risco. É interessante que o laudo tenha dados, se for o caso, que demonstrem o grau da doença. Resumidamente, é necessário:

  • Laudo médico que comprove a condição do paciente;
  • Assinatura do profissional de saúde (médico ou médica) que realizou o acompanhamento do paciente;
  • Documento de identificação.

Por exemplo, se for uma pessoa com diabetes, pode-se mostrar os níveis de glicose no sangue, falar sobre uma certa frequência de crises e assim por diante. Além do laudo, são necessários documentos de identificação que comprovem ser a pessoa descrita no laudo.

Importante lembrar que o laudo deve ser assinado por um profissional formado em medicina, preferencialmente um médico ou médica que já realize o acompanhamento há um tempo, pois assim não será necessário realizar alguma bateria de exames para concluir sobre a comorbidade.

É recomendado atentar-se também aos horários e dias de vacinação: a vacinação das pessoas com comorbidades ocorrerá logo em seguida a vacinação dos idosos (60 anos ou mais), que são pessoas mais frágeis e que apresentam menos resistência a técnicas de recuperação mais invasivas, como a própria intubação.

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